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Será uma edição atualizada de palestra dada em 2019, tendo como principais tópicos: conceituações gerais; situações de risco; aspectos culturais; comportamentos e procedimentos; formas de checagem e verificação; tópicos de gestão de risco; avaliação de risco, aplicação no contexto de montanhismo; cenários e considerações.
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Na próxima terça-feira o Clube Excursionista Carioca vai abrir suas portas pra receber toda comunidade do montanhismo para apresentar os dados obtidos na Pesquisa independente Assédio no Montanhismo numa conversa sobre Assédio e Masculinidades com a Giovanna Vicentini.
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A montanhista Jana Menezes, de 72 anos, no Contraforte do Corcovado. Ela escala há mais de 30 anos. Foto: Márcia Foletto/Agência O Globo

 
Atividade de escalada, geralmente marcada por homens, tem ganhado mais adeptas no estado, que conta com 12 clubes da prática

Por Camila Araujo — Rio de Janeiro

Do fundo de uma depressão ao topo de uma montanha.

A escalada chegou na vida de Adriana Mello em um momento de tristeza que parecia intransponível. Ela tinha 34 anos quando terminou um relacionamento de duas décadas, iniciado, portanto, ainda na adolescência. Em meio à dor da perda e sem conseguir elaborar o luto, deprimiu-se. A mãe, que tinha feito um curso de montanhismo aos 62, insistia. Vencida pelo cansaço, Adriana se inscreveu.

Na primeira aula prática, vendo o pôr do sol do alto da Pedra Bonita, chorou. Era o início de uma vida que voltava, aos poucos, a fazer sentido. A emoção foi o incentivo para que ela criasse, em 2005, quatro anos depois, o grupo Mulheres na Montanha, que reúne público feminino para atividades de escalada e trilha nos parques do Rio.

— A montanha foi um divisor de águas na minha vida. Foi o que me tirou total da depressão na época. Fiz novos amigos, conheci centenas de lugares. Na escalada e na trilha, você precisa contar com quem está com você. Então, as relações são muito importantes. A gente brinca que “o bichinho da pedra pegou” — conta Adriana, que fez uma tatuagem de calango como símbolo da gratidão pela atividade.

O primeiro evento do grupo foi o “Invasão Feminina”, também em 2005, e que hoje acontece pelo menos uma vez por ano, em março, perto do Dia Internacional da Mulher. Por ser um esporte historicamente marcado pela presença masculina, elas decidiram se reunir em uma atividade fixa para atrair mais parceiras para a prática. A última ocasião reuniu 230 pessoas no Morro da Urca, na Zona Sul do Rio.

— A gente escalava muito com homem, eles em maioria. Em 2005, decidimos ir ao Cantagalo. Reunimos nove mulheres, o que era raríssimo, e fomos escalar. Achamos o máximo. Dois anos depois, fizemos outra “invasão”, em homenagem a uma amiga nossa que morreu. Foram 30 mulheres. E foi aumentando cada ano mais — relata Adriana, que, apesar de não escalar mais, ainda gerencia o site do grupo, onde divulga eventos e oficinas. Em celebração ao Outubro Rosa, elas programam fazer outra “invasão”.

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